O amor em seu auge é como a
nossa vista favorita, canto bonito dentro da gente. É exatamente por ser como uma
paisagem que ele está sujeito aos desgastes do tempo, perde o brilho sem
perder, contudo, a sua essência. Isso acontece porque ano a ano, de verão em
verão, os nossos olhos se enfadam do lugar comum. É assim para todo mundo, mas
não em todos os casos.
Falamos constantemente sobre a
morte do amor, é um erro! O que acaba são os relacionamentos, morre a promessa,
os planos, os sorrisos que poderiam ser dados, as brigas e reconciliações, morre
a cama, o sexo, os amigos que nunca serão conhecidos, morrem as futuras
estações, os aniversários e por fim a convivência. Mas nunca, o amor. Porque
este, por si, tem o poder de se reinventar, de ressurgir milagrosamente, o amor
é sempre inesperado pelo simples fato de ser inerente à natureza humana.
Sem mais, o fim é o mesmo,
tanto para um, quanto para o outro. É natural, não há nada mais imprevisível do
que deixar de gostar, nós se desatam, nós também. Então deixa ser, deixa
passar, que o que o que for para ser a vida traz. E não te esquece nunca, é
dentro da gente que mora o amor, a todo o tempo, só que às vezes ele vem disfarçado
e com nomes diferentes. Acredita e sente, isso basta.