domingo, 8 de maio de 2011

E o amanhã virá em um sol maior .

Lembro-me com perfeição dos olhos apaixonados da menina, um tanto atordoados, em desespero de amor. Oras! Foi triste ver que aqueles olhinhos imploravam por tão pouco, que se apegavam a pelo menos uma dose (inalcançável) de carinho e atenção e por fim, definhavam de afeto reprimido e unilateral.
Foi naquele dia que eu compreendi que tudo nessa vida é como faca de dois gumes. A moça sofria com o que na essência deveria ser ternura, magia, encontro a dois. Seria isso contra as leis do amor? Mas como assim, seria o amor contra ele mesmo?
E desde então comecei a acreditar em destino, foi a forma mais plausível que encontrei para entender tais desencontros amorosos. Algumas coisas devem ser vividas para que possamos sair do casulo, digo, amadurecer, aprender a não entrar em certas barcas e sair de outras com sabedoria, para aprendermos a amar sem desrespeitar os nossos próprios limites nem passar por cima de nossos valores.
Dito e certo. Em certa feita, encontrei a menina que já não era mais a dos olhos tristes. Havia um brilho maior e até mais segurança em sua fala, nada precisava ser dito para que eu compreendesse que ela havia superado brilhantemente as avenidas de seu passado e que tinha feito as pazes consigo mesmo. E então, a borboleta saiu do casulo e alçou vôo completando mais um ciclo desse grande espetáculo que é a vida.
Tudo aqui se supera, momentos melhores e mais bonitos são construídos com sabedoria e paciência. Basta ter fé e perseverar até mesmo nos pequenos gestos. Tudo passa, todos os temporais terminam em sol bonito, ou em arco-íris multicolorido. Acredite !

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