sábado, 18 de setembro de 2010

Se não é amor, o que mais pode ser ?

Será que é amor? Não, amor é coisa de cinema, do tempo da vovó, da carochinha. Mas se não é amor, o que será então? - Pensava Ana com seus botões.
Esse impasse sobre o que era o amor passou a ser uma constante e incomoda dúvida na vida de Ana desde que ela o conheceu. Branco, alto, bonito e inteligente, quanto mais Ana o observava, mais ele parecia distante de sua realidade. Ela passava muitas madrugadas se perguntando se Miguel um dia seria capaz de se interessar por ela, mas se entristecia ao lembrar que ele nem ao menos sabia o seu nome.
Anos se passaram e de desconhecidos Ana e Miguel avançaram para cumprimentos formais do tipo que as pessoas fazem por educação, só por isso e mais nada.
Miguelito por sua vez, sempre havia notado aquela moça. Branca, cabelos ondulados um pouco a abaixo dos ombros e um brilho no olhar único e impossível de ser esquecido. Ele nunca teve coragem de se aproximar, ela era muita areia para o seu caminhãozinho, jamais olharia para ele. Ele perdeu incontáveis horas se perguntando como pensar tanto em alguém com quem ele nunca chegou a trocar mais de três palavras.
AH! Claro, existem pessoas que nascem uma para outra e o destino tem lá suas ironias... Em uma tarde florida de outubro ambos estavam em um parque cheio de amendoeiras e por acaso ou sina mesmo se encontraram embaixo de uma dessas árvores. Naquele dia todos os seus sentimentos se materializaram em apenas um olhar e naquele olhar tiveram todas as suas dúvidas respondidas. Sim, era amor.
Aquele outubro jamais foi esquecido e até hoje eles se emocionam quando se recordam do quanto aquele dia foi especial...

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